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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Será que somos tatu?



Não somos tatu, mas nesses dias conturbados de hoje, até que conseguimos parecer! É tanta competição pela sobrevivência e poder que o mundo está se tornando um pouco selvagem.

Onde fica a comparação com o tatu? Qual é o comportamento deste animal para que sejamos comparados a ele?

Vejamos:

O tatu tem carapaça para proteger-se do ambiente externo. Nós humanos usamos roupas e algumas vezes convivemos com diversos tipos de discriminação.

O tatu é um exímio escavador de oportunidades e usa para isso suas garras fortes. Nós fazemos cursos, especializações e tudo que for preciso para disputar o mercado. Queremos vencer!

O tatu tem excelente audição e olfato para caçar. Ele é dominado pelo cheiro que emana de uma possível presa. Usa muito a audição para detectar se o ambiente está propício e também a existência de predadores.
E nós convivemos com o excesso de barulho (poluição sonora)e excesso de perfumes que diminuem o primeiro instinto natural do homem: o olfato. Instinto que deveria ser mais usado como um sensor pessoal para facilitar a nossa vida.

Os tatus são noturnos e crepusculares. Nós dormimos cada vez mais tarde e acordamos cedo. Será que dormimos o suficiente todas as noites?

Ao encontrar um alimento o tatu escava a terra até conseguir o que deseja. Nós fazemos de tudo para saciar um desejo alimentar. São tantos alimentos sugeridos pela propaganda! Será que estamos comendo demais?
Quando perseguido dentro da toca (seu ambiente) o tatu escava as paredes para se proteger. Nós protegemos nossa casa interna (emoções) de sofrer algum abalo. Escondemos nossos sentimentos no dia-a-dia. Não desejamos ficar vulneráveis diante do outro, ainda mais se não for alguém muito próximo.

O tatu para conseguir atravessar águas profundas, difíceis, enche seu aparelho digestivo de ar. Nós para conquistarmos nossos objetivos nos abastecemos de coragem.

O tatu usa muita proteção física no contato com seu ambiente. Nós discriminamos o outro com idéias.

Este animal quando se sente ameaçado enrola o próprio corpo. Nós afastamos quem não esteja de acordo com nosso jeito de ser.

A mensagem passada através da comparação homem/tatu é que podemos fazer mudanças e estabelecer limites no espaço pessoal, sem precisar nos isolar, prejudicar alguém ou destruir a ordem social.

Devemos ter fé no próprio poder e viver de forma plena e consciente definindo nossas fronteiras físicas e emocionais, afinal de contas, para que se esconder? Não somos tatu! Respeite e viva!

Este texto é apenas uma reflexão.

Um abraço.

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