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sábado, 19 de fevereiro de 2011

A liberdade e a verdade do ser!



por Renata Cibele Lima - dlima_r@yahoo.com.br


“e conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres”. (João, 8-32)

“Em verdade, em verdade, vos digo: todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado”. (João, 8-34)


Hoje compreendo que estas mensagens da bíblia sempre foram solicitadas no caminho em busca da felicidade.

É difícil construir algo bom e que nos faça bem com mentiras. Ninguém agüenta durante muito tempo viver um personagem. Um dia a máscara cai e daí, sobra frustração pelo não realizado de significativo e verdadeiro.

Quantas vezes você quis se abrir, falar o que pensa e sente, mas teve receio de ser recriminado? Ou como na expressão mais atualizada: levar bronca, mesmo!

Quantas vezes para conservar um amor deixamos de ser quem somos? Incorporamos uma personalidade idealizada para sermos aceitos com maior facilidade?

Quantas vezes fazemos coisas que nos machucam para evitar dizer: NÃO QUERO! NÃO GOSTO! NÃO VOU! NÃO SEI!?

E o tal “Eu sou o que sou!” será que realmente vivenciamos essa expressão tão sugerida em nosso dia a dia?

Em uma manhã, após refletir sobre “Ser o que sou!” a ficha caiu! Espera aí! Meu Deus! Só isso? Parece simples, mas não é! Quem pensa que é fácil aceitar a si mesmo está enganado! E as idealizações pessoais? E a mania que temos de fazer comparações? E mais! E a mídia e as cobranças do meio social/familiar? E o mais difícil: a auto-aceitação!

Crescemos vendo as pessoas fazendo pressão para mudarmos e aprendemos a fazer o mesmo! Perdemos muito do que somos aos poucos. Doses lentas e transformadoras em nosso ser.

Costumamos dizer que aceitamos as pessoas e nos pegamos querendo mudar o comportamento e o pensamento do outro. Ou mesmo, damos um giro brusco para nos encaixar em uma situação que nos pegou de surpresa. Desejamos aceitação e acabamos reformatando o que já estava pronto!

Resistimos a mudanças repentinas do outro, pois esquecemos que a ampliação da visão e objetivos pode acontecer de ambos os lados e transformar tudo.

E quando ficamos julgando se um comportamento foi certo ou errado? Onde fica a tal de aceitação das coisas e pessoas como elas são? E o respeito pelas diferenças de ponto de vista, atitudes e idéias?

Não somos obrigados a concordar com tudo e todos, mas podemos deixar que cada um pense e viva a vida como achar melhor! Desde que não prejudique o direito alheio, é claro!

Ficamos bravos, magoados e nos sentimos desvalorizados quando não recebemos apoio e compreensão na hora e do jeito que esperávamos. Queremos ser tratados do nosso jeito, senão, “NADA FEITO!”, “Não preciso de você!”,”Vai procurar sua turma!” diriam outros.

Será que perdemos momentos maravilhosos por não aceitarmos a forma de ser e agir do outro? Duvidamos do amor quando ele vem de um jeito estranho, da maneira do outro de amar! A personalidade e as emoções envolvidas interagem no exato momento da demonstração e recebimento de um carinho. O ser se conhece no encontro com o outro ser.

Cada um recebe e contribui com a vida do seu jeito. A busca da felicidade segue inspirações pessoais.
A verdade da alma deve ser o guia.

Portanto, reflita:

Eu sou o que sou!
Eu sou eu!
Você é o que é!
Você é você!
As coisas são o que são!
Nada mais, nada menos.
Cada um é uma partícula de Deus em movimento.
Somos os construtores do mundo que vivemos.
Aceito a liberdade de ser.
Amo a vida do jeito que é.
Sigo o meu caminho e aceito o seu caminho.
O seu é diferente do meu.
Fico na minha verdade.
Você tem a sua verdade.
Calmamente me reciclo.
Você também.
A vida se recicla através de nós.

“Somos todos companheiros de jornada percorrendo diversos caminhos existenciais.”
“A tarefa é aceitar as diferenças, expandir o aprendizado e espalhar diferentes sementes.”

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