Antes verdes folhas.
Já no outono amareladas.
Ventos, ventania e brisa.
Ar fresco.
Vento.
Ventos fortes que arrancam folhas dos galhos.
Verdes folhas.
Galhos solitários.
Árvores nuas.
Assim, deixadas expostas.
Madeira em cascas.
Sem brotos.
Perdidas e castas.
Botes salva vidas são os jardins.
Espaços que as acolhem.
Recolhem vestes secas.
Folhas largadas, soltas.
Se regadas vivem mais.
Folhas entregues, indefesas.
Entre flores.
Deixam-se morar entre elas.
E passam a ficar meio coloridas no meio delas.
Folhas e flores.
E não encontram o fim.
Transformam-se.
Renascem adubos.
Germinam outras.
E germinadas vivem.
Não há fim.
O tempo mexe e não sossega.
Passagem para outra viagem.
Nova vida.
Natureza renovada.
Cantinho de um amor maior.
Pura e donzela beleza.
O toque é tempo.
Início sem fim.
De um contínuo viver.
Vida, tempo e o agora.
Sempre...
Toque-as e viverão.
Para sempre.
Folhas, galhos e flores.
Árvores adubadas e magníficas.
Jardins coloridos e perfumados.
Simplicidade de uma beleza.
Encanto e recanto.
É o canto dos passarinhos nos galhos.
Fazem felizes as folhas.
Verdes e amarelas.
Renata D. Lima
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