Viajei em mim.
Segui meus morros.
Ultrapassei minhas fronteiras.
Descobri florestas.
Afastei matos.
Arranquei Ervas-Daninhas.
Danadas!
Coisas em desuso.
Que insistem em aparecer.
Deixei respirar meus brotos.
Ideias querendo surgir.
Nascer.
E vingaram lindos frutos no papel.
Que precisam das árvores para nascer
Em palavras escritas.
Doces flores bordadas com a caneta.
Que encantam o nosso viver.
Dão vida a quem endurece o coração.
E estimulam a seguir viagem.
Palavras rabiscadas do desejo de ser interpretadas por inteiro.
Sem receio.
Sem vergonha.
Desavergonhadas no ato de escrever.
E ser belas.
Soltas no verbo.
Adjetivando os sentimentos.
Sem ligar para compreensões.
Nem se fazer entender, por hora.
São viajantes em mim.
Palavras.
Caminho no que não entendia.
Só vivendo.
Provo, aprendo e escrevo.
Acho que me entrego.
Mostro fragilidades e força.
Sou outra agora e vivo melhor quando cresço.
Escancaro.
Orgulho?
Não tenho mais.
Quero mais é ser feliz do jeito que sou e aprendi a ser.
Se precisar viajo de novo.
E me transformo.
Em mim.
Sigo viagem novamente.
Renata D. Lima
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